sexta-feira, 3 de junho de 2016

Expresso depresso

Havia guerra, havia sangue
tudo obscuro, lhe amedrontava
não havia nada que lhe fazia mudar,
culpava tudo, talvez o mundo o fazia chorar,
nada o prendia, o que fazia...

Madrugada, imerso em seus assombros,
dedicando-se as fantasias,
já não conseguira dormir,
o relógio apitava mais uma hora passava,
nada havia e nem sabia o que traria aquilo outra vez.

Dedicava-se a encontrar o que lhe teria feito aquilo,
mas não podia, aquilo existia e ninguém sabia,
nem mesmo ele poderia saber,
disfarçava, quem sabe passa?
Continuou madrugada a dentro,
dias a fio, nada mudou, nem mesmo ele.

Nada desejava, já não argumentava,
aquela situação lhe imposta foi consentida,
havia de aceitar e rememorar de que
a grande madrugada é longa aos olhos
que não enxergam o amanhã.

-"Sinto sua falta, sinto falta de ser quem sempre fui."

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