Para
dar início, a esta aba do blog, nada melhor do que começar com um dos maiores
romancistas da literatura russa, Fiódor Dostoiévski. Escrito um ano após o seu
livro de estreia, O duplo, logo me chamou a atenção pelo teor de sua escrita e
por explorar de maneira categórica os terríveis medos e crispações do seu protagonista,
o conselheiro titular Goliadkin. De início, O senhor Goliadkin, pequeno
funcionário, oprimido pela dessemelhança entre a imagem que cria para si mesmo,
e pela realidade, passa a encontrar e conviver com o seu duplo, o qual se
difere totalmente de seus modos e particularidades, o perseguindo e o ameaçando
a levar a loucura. De modo, obscuro, a aparição do duplo do senhor
Goliadkin, o abala totalmente, enquanto este, pacato conselheiro titular, vive
absolutamente em seu isolamento social, o seu duplo, o assombra, passando-se
por ele frequentando residências inimigas e granjeando de modo inoportuno o
carinho de seus superiores.
O
que se vê neste livro, é a aparição do “homem do subsolo”, ao qual em suas
próximas obras, Dostoiévski o torna uma marca evidente e expressiva.
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